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14/04/2020 às 11h29min - Atualizada em 14/04/2020 às 11h29min

Especialistas temem 2ª onda de infecções nos Estados Unidos

País tem maior número de casos e mortes por Covid-19 no mundo

internet

A primeira onda de infecções pelo novo coronavírus ainda não terminou nos Estados Unidos, mas especialistas advertem que uma segunda onda atingirá o país se o retorno à normalidade for muito rápido ou se acontecer a partir de maio, como espera o governo de Donald Trump.

O debate se assemelha ao que aconteceu na Europa, onde o governo espanhol autorizou hoje a retomada parcial do trabalho, enquanto o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou a prorrogação da quarentena obrigatória para depois de quarta-feira.

 

A grande diferença é que o sistema federal americano é altamente descentralizado e concede plenos poderes aos governadores de seus 50 estados, mesmo se o presidente decidir coordenar uma estratégia nacional.

Até agora, Trump só emitiu recomendações de distanciamento social e teletrabalho até o fim de abril.

Trump disse que tinha "autoridade total" para retomar a atividade nos estados, mas antecipou que "uma decisão da minha parte, em conjunto com os governadores e o conselho dos demais será tomada logo!".

Dois grupos de governadores do leste dos Estados Unidos (incluindo Nova York) e do oeste (incluindo a Califórnia) não esperaram: anunciaram nesta segunda-feira que vão se coordenar para suspender as restrições. Mas não há indícios de que dezenas de outros governadores farão o mesmo.

Após meio milhão de casos identificados, o número de infectados no país parece se estabilizar. Mas para o diretor dos Centros para o Controle de Enfermidades (CDC), Robert Redfield, isto não deveria levar a uma suspensão das regras de distanciamento social e trabalho remoto de uma hora para a outra.

"A reabertura será um processo gradual, baseado em dados", disse esta manhã à rede de TV NBC.

O novo coronavírus não terá desaparecido após o fim do confinamento. A grande maioria da população continuará sujeita à infecção, até o desenvolvimento de uma vacina.

O objetivo da primeira fase era evitar que muitas pessoas adoecessem ao mesmo tempo e os hospitais ficassem congestionados. Mas o vírus continuará circulando.

No verão boreal, a proporção de americanos infectados pode ser de 2% a 5%, disse no domingo à CBS Scott Gottlieb, ex-diretor da Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) e assessor informal de Donald Trump.

"Acordem, até 50% deste país será infectado!", alertou hoje na rede de TV MSNBC Michael Osterholm, diretor do Centro de Pesquisas de Doenças Infecciosas da Universidade de Minnesota.

Autoridades planejam retomar lentamente a normalidade, enquanto monitoram um possível reinício da epidemia. Os projetos acadêmicos e de especialistas sobre como chegar a este estágio são abundantes, mas a Casa Branca ainda não formulou nenhum.

O presidente americano, Donald Trump, parecia, inclusive, incomodado com as declarações de um cientista que se tornou celebridade durante a pandemia, Anthony Fauci, diretor do Instituto de Doenças Infecciosas dos Estados Unidos e membro da célula de crise da presidência sobre o novo coronavírus.

O pesquisador assinalou na TV que o número de mortes poderia ter sido menor se o país tivesse reagido rapidamente. Trump, na defensiva, compartilhou ontem uma mensagem com a hashtag #FireFauci.

A Casa Branca, no entanto, classificou hoje de "ridículos" os rumores sobre o afastamento de Fauci. "O Dr. Fauci foi e continua sendo um assessor de confiança do presidente Trump", afirmou o porta-voz Hogan Gidley.

 

 

 
fonte/gazetaweb.com.br

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