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31/07/2017 às 23h30min - Atualizada em 31/07/2017 às 23h30min

DEPUTADO MAURÍCIO QUINTELLA É INVESTIGADO

suspeita-se de falta de ética e improbidade administrativa

- Da Redação para o novo extra
O GLOBO
internet
A Comissão de Ética da Presidência (CEP) abriu processo contra o ministro dos Transportes, Maurício Quintella. 
Segundo reportagem do O Globo, o alagoano utilizaria funcionários contratados de empresa para cuidar da comunicação apenas institucional do ministério para operar suas redes sociais pessoais. 
O ministro e a empresa FSB Comunicação terão dez dias para se explicar ao colegiado.
"A comissão tem enfatizado em seus julgamentos a necessidade de discernir de maneira muito clara o público do privado. A utilização de recursos oriundos do cargo público deve se restringir ao interesse público e à administração pública. Jamais deve servir para utilização pela autoridade no que concerne a interesse particular", disse o presidente da CEP, Mauro Menezes, que considera o caso "uma conduta de gravidade". 
A punição mais grave da comissão é a recomendação de demissão. Ainda de acordo com a reportagem, Quintella acertou pessoalmente a participação da FSB, contratada com verba pública, para controlar redes pessoais. 
Em 25 de maio à tarde, no próprio ministério, o ministro fez reunião de uma hora e meia com funcionários da empresa para tratar do assunto. Apesar de ter sido feito fora da agenda oficial, o encontro foi registrado. 
A FSB produziu um estudo analisando o perfil das redes pessoais do ministro e apresentou sugestões para evitar impropriedades e dar tratamento homogêneo às várias plataformas. Foram identificados inclusive erros ortográficos.
Quintella passou aos funcionários da FSB suas senhas, que fazem alusão a ele e à pasta, aos terceirizados vinculados à empresa. Foi criado um perfil falso, de nome Maria Silva, para administrar o Facebook do ministro. 
Dessa forma, identidades de funcionários não ficariam expostas. Maria, identificada por um desenho infantil, bloqueou informações e tem como amigo um coordenador da FSB.
A empresa
A FSB Comunicação controla desde 2014 as redes institucionais da Secretaria de Aviação Civil (SAC), absorvida pelo Ministério dos Transportes no ano passado. O contrato teve três renovações. A última, em 26 de março deste ano, estipulava um preço de mais de R$ 6,5 milhões e vale até 2018. O documento oficial não prevê administração, gestão ou produção de conteúdo para páginas pessoais do ministro.
O Globo consultou outros ministérios chefiados por políticos e a resposta foi que a praxe é que o partido pague pela gestão das redes sociais pessoais dos ministros. É o caso de Gilberto Kassab (PSD-SP) no Ministério de Ciência e Tecnologia, e de Mendonça Filho (DEM-PE) na Educação.
Para a reportagem do último dia 23, a assessoria da pasta, que é coordenada pela FSB Comunicação, negou que as redes do ministro sejam controladas por outra pessoa além do próprio ministro.
 
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